caçapava do sul

Vereador preso por espancar motorista de app renova afastamento da Câmara

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Foto: Polícia Civil (Divulgação)
Polícia Civil cumpriu seis mandados de prisão em setembro

O vereador Alex Vargas Nunes, réu em processo por tentativa de homicídio, pediu a renovação da licença de afastamento da Câmara de Vereadores de Caçapava do Sul por mais 30 dias. Nunes, eleito pelo MDB, já estava afastado havia 120 dias desde setembro de 2019. Ele é acusado de espancar um motorista de Uber na cidade e está preso preventivamente no Presídio Estadual de Caçapava do Sul, junto com outros cinco acusados.

Conforme a assessoria de comunicação da Câmara de Caçapava do Sul, o regimento interno prevê que um vereador pode ficar afastado por 120 dias por mandato. Porém, um artigo da Constituição Federal diz que a licença parlamentar pode durar 120 dias por ano. Sendo assim, a Mesa Diretora aceitou o pedido do advogado de Nunes, Rogerio Elias Motta, para mais 30 dias de licença, renováveis por mais 90 dias, a contar do dia 17 de janeiro.

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A licença é sem remuneração. Nunes é substituído pelo suplente Dairan Lima, também do MDB. O Diário tentou contato com o advogado que representa o vereador Nunes, mas as ligações não foram atendidas nem retornadas. 

Os 12 acusados de espancar um motorista da Uber em Caçapava do Sul, em setembro, se tornaram réus no processo judicial. Todos respondem por tentativa de homicídio qualificado. Seis homens seguem presos preventivamente no Presídio Estadual de Caçapava do Sul desde o dia 17 de setembro. A primeira audiência do caso já está marcada e, devido a grande quantidade de testemunhas e suspeitos, vai acontecer em três datas: 18 e 20 de fevereiro e 31 de março. 

SOBRE O CASO 
No dia 11 de setembro, às 20h20min, o motorista de app foi a um estacionamento da rodoviária de Caçapava do Sul pegar um passageiro. Conforme a denúncia do Ministério Público, menos de um minuto depois, chegam cinco homens em um táxi. A câmera de vigilância do estacionamento flagrou quatro deles colocando máscaras no rosto. Outros cinco taxistas chegam em seguida para participar da emboscada.

Parte dos réus ficou na entrada da garagem para impedir que a vítima pudesse fugir do local, enquanto outros abordaram e agrediram a vítima com chutes e socos. O MP relata que, pouco tempo depois, os suspeitos começaram a sair do local, pois o responsável pela garagem gritou para que parassem e que iria chamar a Brigada Militar. Em virtude de um chute na nuca, a vítima desmaiou e voltou a si por volta de 15 minutos depois, quando o Samu chegou ao local.

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O MP salienta que o motorista de aplicativo só não faleceu porque recebeu atendimento médico eficaz. Mesmo após a agressão, a vítima relatou que continuou sendo ameaçada pelos taxistas. Além dos 10 taxistas que teriam participado da agressão, outras duas pessoas foram denunciadas por participarem de reuniões onde supostamente a agressão foi planejada. 

O Ministério Público entendeu que o crime ocorreu por motivo torpe, visto que os acusados, na condição de taxistas, objetivavam intimidar, ameaçar e impedir que o serviço de Uber fosse prestado na cidade. Também agiram de emboscada, pois organizavam havia dias a estratégia. 

*Colaborou Janaína Wille

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